12 de julho de 2021
Cinco perguntas para Ricardo Tomczyk
À frente das Relações Institucionais da AMAGGI desde 2019, conversamos com Ricardo Tomczyk para conhecer sua rotina de trabalho e particularidades da função.
1. Como é sua rotina de trabalho como executivo de Relações Institucionais da AMAGGI? Qual o seu escopo de trabalho?
Ser bem informado é essencial para o desempenho da função. Portanto, a rotina sempre demanda atenção aos fatos internos da companhia e aos externos, como movimentos políticos e econômicos. Manter-se bem interado dos diversos negócios da empresa também é necessário, pois é com essa visão que o executivo de relações institucionais consegue identificar riscos e oportunidades.
A rotina consiste em participar de reuniões e eventos das diversas entidades de classe das quais a companhia é associada, interagir com o poder público e demais entes de interesse, levando as demandas internas e internalizando as informações relevantes. Com esse intercâmbio é possível criar pautas que são de interesse da empresa e de seus negócios, buscando a solução de eventuais problemas, bem como buscar construir ambientes mais adequados e seguros ao desenvolvimento dos negócios.
2. Em relação ao desenvolvimento das comunidades onde a empresa atua, que é inclusive um dos pilares do Posicionamento Global de Sustentabilidade da AMAGGI, como o seu trabalho pode contribuir? Poderia citar exemplos recentes?
O trabalho pode contribuir no estreitamento do relacionamento com entidades e órgãos públicos das localidades, buscando facilitar a implantação de ações regionais que fazem sentido para a Companhia. Um exemplo que pode ser citado foi a relação com a Prefeitura de Itacoatiara, no AMAZONAS, quando da aquisição e doação feita pela Companhia dos equipamentos para equipar as UTIs do hospital local, visando o atendimento de pacientes com Covid -19.
3. Parte do trabalho de um executivo de Relações Institucionais é também manter contato com órgãos do governo e estar por dentro da legislação e suas atualizações. Como é isso na prática?
Exatamente! Essa é uma característica própria da área. O acompanhamento das ameaças e das oportunidades vem com o monitoramento dos temas de interesse, principalmente quando se tratam de projetos de lei que estão tramitando especialmente nas esferas federal e estaduais. A participação nas entidades de classe colabora muito com essa parte, pois existem estruturas que são dedicadas a essas funções, mas o acompanhamento próprio também é necessário, bem como a atuação direta quando o assunto é relevante.
A relação com os diversos órgãos da estrutura governamental também é necessária, desde acompanhamento de processos administrativos referentes aos negócios da companhia até a relação com os formuladores de políticas públicas que possam influenciar as áreas de atuação da empresa.
4. Do ponto de vista das relações institucionais, quais são hoje as principais causas defendidas pela AMAGGI junto a formuladores de políticas públicas, entidades representativas e junto à sociedade em geral?
Temos inúmeros grandes desafios, mas como referência posso citar o acompanhamento da construção do novo modelo de comercialização e tributação do biodiesel, que é um negócio novo da empresa e deve entrar em operação no início de 2022; a segurança jurídica com as alterações na Lei de Recuperação Judicial também foi um tema de muita dedicação recentemente; estamos participando ativamente das discussões com o Ministério da Infraestrutura sobre a possibilidade de concessões de hidrovias, dentre outros temas relevantes.
5. De que maneira a atual tendência ESG influencia o seu trabalho?
Essa tendência é muito forte e a companhia é destaque em iniciativas dessa natureza. A influência vem diretamente na orientação para a atuação para garantir a construção de ambientes de negócio que tenham aderência às boas práticas sociais, de governança, sustentabilidade. Essa é a tendência que precisa nortear a construção de políticas públicas e de atuação das empresas, servindo de verdadeiro norte na atuação institucional.
