19 de novembro de 2025

Na COP30, AMAGGI mostra como unir conservação e produção com programa que impulsiona práticas regenerativas

Fotos: Jaime Souzza

“As práticas regenerativas são ecologicamente e financeiramente viáveis a longo prazo, e a AMAGGI está promovendo essa transformação de forma segura e sólida, trazendo pessoas, meio ambiente, produção e ciência para o centro da conversa”, destacou Juliana Lopes, diretora de ESG, Comunicação e Compliance da empresa durante a COP30, em Belém (PA). Nesta terça-feira (19.11), a AMAGGI apresentou uma das principais iniciativas para descarbonização de suas operações: o programa e certificação Amaggi Regenera, voltado à agricultura regenerativa.

A apresentação ocorreu no espaço AgriZone e contou com a participação de Ludmila Rattis, pesquisadora do Woodwell Climate e do IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), parceiro da AMAGGI há mais de 20 anos por meio da estação científica localizada na Fazenda Tanguro.

O Amaggi Regenera nasceu a partir de discussões internas sobre a saúde do solo e sobre os modelos de produção agrícola capazes de enfrentar os desafios de produtividade e sustentabilidade. O programa foi desenvolvido em parceria com instituições de referência, como Embrapa e IPAM, que há anos colaboram com a AMAGGI.

Segundo Juliana Lopes, a empresa já aplicava práticas regenerativas há mais de uma década, mas intensificou seus esforços a partir de 2020. “Um dos grandes pontos foi como trazer a agricultura regenerativa para uma produção de commodities em larga escala,” explicou. Além disso “testar as melhores práticas nas nossas fazendas próprias e disseminar as melhores soluções com os produtores da nossa cadeia de fornecimento é parte fundamental da estratégia de sustentabilidade da empresa”.

A cientista Ludmila Rattis destacou a importância de conduzir as pesquisas em fazendas da AMAGGI. “Isso é muito importante porque interromper os estudos no campo ao longo dos anos pode trazer efeitos negativos, ambientais e financeiros, difíceis de reparar e produzir os melhores resultados científicos. Por isso precisamos ter essa responsabilidade científica de conduzir esses experimentos em parceria com empresas como a AMAGGI”, afirmou.

Quatro objetivos do programa

O Amaggi Regenera promove um sistema agrícola de baixo carbono, com abordagem integrada que combina inovação tecnológica, parcerias científicas e protocolos próprios de certificação. Seus objetivos são:

  • Saúde dos solos e incremento da produtividade
  • Mitigação dos impactos climáticos
  • Conservação e aumento da biodiversidade, dos recursos hídricos e naturais
  • Disseminação das práticas para os produtores rurais da cadeia de fornecimento da AMAGGI e da agricultura familiar, por meio da Fundação André e Lucia Maggi (FALM)

“O objetivo é que se tenha uma agricultura cada vez mais pujante, mas que também contribua com a redução de emissões dentro do país”, reforçou Juliana Lopes. “Temos que trazer essa discussão para espaços como a AgriZone e COP para mostrar o quanto o agro é essencial para soluções baseadas na natureza e um ator estratégico para a redução das emissões no país”.

Balanço da COP30

Além da agricultura regenerativa, a AMAGGI levou à COP30 agendas estratégicas que reforçam a importância da agricultura e do financiamento climático para transição e escala das soluções de baixo carbono. Além disso pautas sobre rastreabilidade e energias renováveis, tropicalização das metodologias para cálculos das emissões e mensuração do carbono, além de soluções para a cadeia de milho, soja e algodão também foram amplamente debatidas.

Para Juliana, as discussões na COP30 evidenciaram a importância do agronegócio para a transição climática e atingimento do compromisso climático brasileiro (NDC). Para isso a mensuração e tropicalização das metodologias são essenciais para resultados reais e concretos para economia de baixo carbono.

“Temos muitos dados produzidos, já fazemos uma boa agricultura que prioriza a saúde do solo e a manutenção da biodiversidade. O uso de biológicos e dos biocombustíveis, além das práticas agrícolas recomendadas pela ciência são estratégias fundamentais para a redução das emissões. A forma de medir esses resultados precisa estar tropicalizada por metodologias que reconheçam a nossa agricultura, que é diferente das regiões temperadas. e essa validação internacional é essencial para reconhecimento da agricultura tropical como parte da solução às mudanças climáticas”, explicou a diretora.

 

Juliana Lopes, da AMAGGI, e Ludmila Rattis do Woodwell Climate e IPAM

 

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